Ronaldo Nuzzi, CEO da Thompson Management Horizons. Foto: divulgação.
O conceito é simples, prático e extremamente eficaz: contratar um executivo experiente com a missão de atuar em um momento complexo da empresa, por um período determinado.
É o desembarque de um helicóptero no meio do oceano, que traz um especialista capaz de assumir um navio com problemas de navegação, focado em levá-lo a um porto seguro, quando enfim, se despedirá de toda a tripulação e sua missão estará concluída.
Se no Brasil ainda estamos evoluindo a passos lentos, mas com ótimo potencial para um futuro próximo, o chamado Transition Management já é prática corriqueira na Europa e nos Estados Unidos.
Trata-se de uma ferramenta de gestão que produz ganhos significativos para empresas dos mais variados setores.
Há consultorias europeias, por exemplo, que possuem bancos de talento com mais de 500 profissionais aptos a assumirem missões em cargos de CEO, CFO, COO (C-Level em geral). Esse banco de talentos permite à companhia ter acesso a uma solução rápida para problemas urgentes.
A escolha pelo Transition Management pode ser aplicado em diversos desafios, tanto em situações complexas, como o falecimento de um executivo, ou na ausência inesperada causada por uma decisão pessoal devido a um problema familiar ou de saúde.
Há ainda a motivação de um desenvolvimento de um novo negócio que exija a chegada de alguém com preparo para assumir uma missão específica, por um tempo previamente definido.
Seria o caso, por exemplo, de uma empresa que necessite construir uma nova fábrica.
Ela poderia utilizar os diretores industrial e comercial para serem responsáveis pelo projeto, mas o que poderia ocorrer com o desempenho desses profissionais em suas funções atuais?
A perda de performance por essa excessiva carga de responsabilidade é um dos principais erros estratégicos que as empresas cometem em projetos de expansão.
Entra então a ferramenta de Transition Management, com a figura de um especialista em um determinado segmento, que assumiria o desafio até que a nova planta começasse a operar, sem que houvesse sobrecarga dos diretores da empresa nesse processo de ampliação da capacidade fabril.