Bom lugar para colocar alguns data centers, certo? Foto: https://www.flickr.com/photos/deniwlp84
O projeto de transformar Foz do Iguaçu em uma espécie de "zona franca de Manaus" para datacenters no Brasil segue vivo.
A ideia, que foi apresentada pela primeira vez em 2015, ainda durante o governo Dilma Rousseff, tendo feito algumas aparições esporádicas na gestão Michel Temer, teve a sua primeira menção pública na administração Jair Bolsonaro nesta semana.
O tema foi abordado pelo secretário de Telecomunicações do Ministério de Ciência e Tecnologia, Vitor Elisio de Menezes, durante a Futurecom, mega evento de telecomunicações que aconteceu esta semana em São Paulo.
Segundo revela o site Convergência DIgital, Menezes teria dito que o tema está em negociação, sem mencionar prazos.
Como desde o começo, a ideia é que os datacenters estabelecidos na região sejam incluídos em uma classe especial de consumo de energia, o ativo mais caro na sustentação do negócio, além de redução de ICMS e facilitação na importação de equipamentos.
“O Brasil, hoje, não é um país atraente para os data centers. Nós perdemos qualquer disputa com outros países da região. E essa equação precisa mudar", afirma Menezes.
O país parece estar inaugurando um novo tipo de política de estado, no qual sucessivas administrações sabem que algo precisa ser feito, dizem estar interessadas em fazê-lo, mas nada de especial acontece.
A primeira movimentação em torno do projeto aconteceu em janeiro de 2015, quando Ministério das Comunicações, a Itaipu Binacional e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu-Brasil assinaram um acordo de cooperação para criar um “condomínio de data centers” no parque tecnológico localizado dentro da usina hidroelétrica.