Nada de EUA ou Europa. Foto: Divulgação
Para dar segmento a disputa no mercado de sistemas operacionais de smartphones, a Samsung lançou na Rússia o Samsung Z, o primeiro celular da empresa com o Tizen.
São claras as intenções da Samsung com esse lançamento: alcançar o terceiro lugar no mercado de sistemas operacionais e aumentar sua participação com um sistema operacional próprio, num futuro não tão distante.
No entanto, para o momento, estão prometidos apenas dois smartphones com o Tizen. Além disso, o celular não será lançado nos Estados Unidos nem em alguns países da Europa. Sua comercialização iniciará na Rússia em julho e irá para outros países emergentes, como Índia e Finlândia.
Isso porque a empresa acredita que estes mercados ainda não estão “preparados” para a nova plataforma. Nada foi dito sobre um eventual lançamento no Brasil ou sobre o preço do aparelho.
As especificações do Samsung Z não devem nada a outros tops de linha do mundo Android. Ele conta com processador quad-core Snapdragon 800 de 2,3 GHz, 2 GB de memória RAM e 16 GB de espaço para dados com expansão por microSD.
Sensor de digitais e sensor de batimentos cardíacos, como do Galaxy S5, NFC e ainda um sensor infravermelho são algumas das tecnologicas no novo aparelho.
Além disso, o SO conta com gerenciamento avançado de memória e uma das inicializações mais rápidas do mercado. Há suporte completo para gráficos 2D e 3D, além de renderização otimizada para navegação na internet e maior fluidez no rolamento entre telas.
A maioria dos dispositivos móveis da Samsung utilizam a plataforma Android. O esforço da empresa para desenvolver seu próprio sistema operacional tem enfrentado atrasos em lançamentos de produtos, o que tem minado as expectativas. E o foco para o novo sistema operacional é concorrer com as gigantes em mercados emergentes.
Em um levantamento realizado pela consultoria IDC mostrou que em 2013, 94% dos smartphones vendidos no mundo eram Android ou iOS.
Com os 6% restantes, o terceiro lugar do pódio ficou com o Windows Phone, da Microsoft e algumas iniciativas com menor relevância no ramo, como o sistema operacional do Mozilla, o Firefox OS, Symbian e Blackberry.
Analistas do mercado de smartphones acreditam que a aposta pode ser certeira.
"Há muito espaço e oportunidade para um forte terceiro fornecedor de plataforma. Se você conseguir 10% de um mercado de 2 bilhões de unidades em smartphones (até 2018), isso será uma oportunidade", disse Rachel Lashford, analista da Canalys em Cingapura.