Marcos Peigo.
A Scala Data Center acabou de fechar a compra de um data center da Algar Tech, em Campinas, no interior de São Paulo.
O negócio foi revelado pelo Valor Econômico. A Scala não abriu o valor da compra, apenas que ela faz parte de um pacote de investimentos de R$ 2 bilhões até o terceiro trimestre de 2022 destinado à expansão da operação em São Paulo.
O valor inclui a ampliação do data center adquirido, um outro a ser feito em Campinas e mais dois no campus da Scala em Tamboré, na grande São Paulo, tudo previsto para entrar no ar entre o final de 2021 e 2022.
“Resolvemos partir para uma aquisição para acelerar nossa entrada em Campinas e pela demanda de mercado”, disse ao Valor Marcos Peigo, CEO da Scala Data Centers.
Segundo Peigo, a Scala vai reservar prédios inteiros para clientes de grande porte como fornecedoras de serviços de nuvem, de softwares como serviço e corporações.
A empresa conta com uma área total de 130 mil metros quadrados em Campinas, onde terá três novos data centers até o primeiro trimestre de 2024, além da operação adquirida da Algar.
A Scala surgiu em abril de 2020 a partir da compra pelo fundo de investimentos americano Colony Capital da operação de data center do UOL, conhecida como UOL Diveo.
De acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, o fundo avaliou os ativos adquiridos entre US$ 300 e US$ 400 milhões.
Quase uma década atrás, no final de 2010, a UOL havia comprado a americana Diveo por R$ 693,5 milhões, o equivalente a cerca de US$ 412 milhões, em um ano no qual o dólar chegou a bater na hoje inacreditável quantia de R$ 1,68.
Peigo é ex-VP de Global Markets da IBM para América Latina, e, mais importante, ex-COO da própria UOL Diveo entre 2015 e 2017.
Nos meses seguintes, Peigo fez sete contratações, entre ex-funcionários da UOL Diveo e da Solvo, companhia fundada por ele mesmo em 2001 e depois comprada pelo UOL em 2014.
Na época da compra da UOL Diveo, a Digital Colony já havia adiantado que tinha interesse em seguir comprando. O fundo tem muita bala na agulha.
No ano passado, a empresa gastou US$ 14,3 bilhões para levar a rede de fibra ótica da Zayo Group Holdings, presente nos Estados Unidos e Europa.