Evento teve painel dedicado ao tema. Foto: Prefeitura de Caxias do Sul.
As cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul, Florianópolis, Joinville e Curitiba, principais polos econômicos do Sul do Brasil, firmaram um acordo de cooperação nesta quarta-feira, 4, durante o South Summit, evento global que está acontecendo na capital gaúcha.
Batizado de Tech Road, o pacto pretende formar uma rede de apoio à inovação e tecnologia na região, com o aumento de ações conjuntas de atração, geração e retenção de negócios de base tecnológica.
Os municípios também querem mostrar a qualidade, quantidade e variedade das startups, trazer novos eventos, fortalecer os que já existem e buscar investidores como aportes maiores — além da troca de boas práticas, experiências e ampla circulação de ideias.
Segundo Topazio Neto, prefeito de Florianópolis, que participou do evento através de vídeo, os polos vêm discutindo há algum tempo a possibilidade de se unir como cidades que têm características muito fortes na área de tecnologia e criar um conceito de grupo que poderia explorar todas essas potencialidades.
“Nós temos um movimento econômico enorme para atrair investidores, novas empresas, novos profissionais e temos a oferecer o que muita gente conhece da nossa região: qualidade de vida, altos níveis educacionais, boa área de saúde, convivência, lazer. Uma região realmente diferenciada”, ressaltou.
Juntos, os cinco municípios têm quase 5 milhões de habitantes e 20 mil empresas de tecnologia, que faturam mais de R$ 18 bilhões e somam 50 mil funcionários.
“Todas essas cidades estão interligadas pela capacidade de tirar a burocracia do caminho do empreendedor. Temos o mesmo propósito: trazer e atrair cada vez mais tecnologia. Não existe inovação se não houver liberdade econômica. Liberdade econômica se busca na gestão pública combatendo a burocracia”, destacou Adriano Silva, prefeito de Joinville.
Já Sebastião Melo, chefe do poder executivo em Porto Alegre, salientou o viés social da tecnologia: “inovar é empreender, ter uma cidade educadora, incluir as pessoas e, principalmente, os que mais precisam. Não há educação de ponta se não tiver inovação e tantos outros setores da vida econômica e social do país”.