Gilsomar Maia.
A Totvs fechou o terceiro trimestre com uma receita de R$ 537,5 milhões, uma queda de 6,9% frente ao resultado o mesmo período do ano anterior e de 1,4% frente ao trimestre anterior.
O lucro líquido foi de R$ 44,9 milhões, uma queda de 43,1% frente aos resultados do mesmo trimestre do ano passado, mas uma melhoria de 18,9% frente ao trimestre anterior.
Esse é o terceiro trimestre de queda no faturamento na Totvs. Quedas na receita são uma situação inédita para a empresa e essa última colocou a desaceleração em outro patamar: os trimestres anteriores registraram quedas de apenas 1% e 2% nas comparações anuais.
A queda de receita deve ser o “novo normal” da Totvs por algum tempo, enquanto a companhia executa uma migração do modelo de negócios para software como serviço em meio a recessão econômica do país.
“Sabemos que essa transição acelerada para o modelo de subscrição nos impõe desafios de margem no curto prazo, especialmente em um ambiente econômico ainda desaquecido e com inflação”, resume Gilsomar Maia, CFO e diretor de Relações com Investidores da Totvs.
Como já vinha fazendo, a Totvs enfatizou na divulgação dos resultados os indicadores relativos à velocidade dessa transição, como por exemplo o aumento de 23% na receita líquida de subscrição, atingindo R$ 58,8 milhões.
Nessa conta entram novas ofertas como o Intera, modelo de subscrição lançado em junho de 2015 no qual o cliente define e gerencia quantas identidades terão acesso ao sistema e o Fly01, solução para micro e pequenos negócios ofertada pela companhia.
Outra das apostas da companhia para o futuro é o Bemacash, que combina o software de gestão para micro e pequenos negócios (Fly01), contratados como subscrição, com soluções de hardware de automação e fiscais da Bematech. No período, foram 998 novas unidades vendidas, um aumento de 127% em relação ao 3T15.
De uma maneira mais ampla, a receita recorrente anual de subscrição cresceu 25,2% ano contra ano, mesmo com o cenário de crise econômica, totalizando R$ 234,9 milhões.
A ARR é uma métrica bastante utilizada no mundo de software como serviço (SaaS - Software as a Service) para medir a evolução da receita recorrente nos próximos 12 meses.