Francisco Milagres, consultor de organizações com foco em estratégia, tecnologia e venture capital. Foto: Divulgação.
Por Francisco Milagres*
O conceito Organizações Exponenciais (ExO ou Exponential Organizations, em inglês) surgiu na Singularity University, em meados de 2014, e foi impulsionado com o livro Organizações Exponenciais: Por que elas são 10 vezes melhores, mais rápidas e mais baratas que a sua (e o que fazer a respeito), de Salim Ismail, Yuri Van Geest e Michael Malone.
As ExO são definidas pelo seu impacto ou resultado. As organizações tradicionais, caracterizadas por mudanças lentas e crescimentos lineares, estão sendo ameaçadas por negócios disruptivos, como Uber e Airbnb, que hoje são grandes cases de sucesso e que cresceram exponencialmente. E esse crescimento, além da capacidade de disrupção de mercado, trouxe muitos questionamentos aos negócios e organizações.
A transformação exponencial ocorre pelo uso de técnicas organizacionais que alavancam as tecnologias aceleradas. A primeira delas é referente ao Propósito Transformador Massivo (PTM) que trata da inspiração que a empresa aspira realizar e como ela irá demonstrá-la. Ela é o resultado das imaginações e ambições das pessoas de dentro e de fora da organização.
No passado, esses exemplos pareciam impossíveis de serem alcançados. Atualmente, o PTM é tão inspirador que pode formar uma comunidade em torno da empresa. Um exemplo são as listas de espera para participar de uma conferência anual do TED. Sabe qual seu PTM? “Ideias que merecem ser espalhadas”.
Além das organizações exponenciais serem movidas por um PTM, são desenvolvidas com base na tecnologia da informação. Isso quer dizer que grandes instalações físicas e um exército de colaboradores são transferidos para o mundo digital. Aí que surgem os dez atributos das organizações exponenciais: eles refletem os mecanismos internos e externos usados para gerenciar a organização e alcançar o crescimento exponencial.