Funcionários da Renault serão treinados em tecnologia do Google. Foto: Renault.
O Grupo Renault fechou um acordo com o Google para usar a nuvem da gigante de TI como base para a plataforma digital da montadora francesa, que conecta informações de 22 plantas em todo o mundo.
O desenvolvimento da plataforma da Renault começou em 2016 e envolve mais de 2,5 mil máquinas nas linhas de montagem.
Agora, com o Google no barco, a Renault vai agregar funcionalidades de análise inteligente de dados, machine learning (ML) e inteligência artificial (IA) visando aprimorar a produção e cadeia de suprimentos, a qualidade dos produtos e economizar energia.
A iniciativa envolve ainda um programa de treinamento exclusivo para equipes de engenharia de processos, fabricação e TI da Renault com foco na criação de uma cultura "data driven".
"A indústria automotiva possui a inovação em seu DNA, com um imenso potencial para que a tecnologia digital impacte de forma significativa sua produção”, afirma Thomas Kurian, CEO do Google Cloud.
Kurian, um executivo de alto calibre da Oracle contratado pelo Google em 2018 para dar um gás na divisão focada em computação em nuvem, deve estar contente. O projeto reforça as credenciais corporativas do Google e está alinhado com a estratégia de soluções especializadas por verticais.
O projeto terá repercussões no Brasil, mais especificamente nas quatro fábricas dos franceses instaladas dentro do chamado Complexo Ayrton Senna em São José dos Pinhais, no Paraná.
As operações tem tecnologia de ponta, tendo sido reconhecidas em janeiro pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) como "Advanced 4th Industrial Revolution (4IR) Lighthouse" - "Farol da 4ª Revolução Industrial Avançada", por ser uma planta referência em ações envolvendo a indústria 4.0.