Marco Santos.
A GFT, multinacional alemã de desenvolvimento de software, está aprofundando sua aposta em métodos ágeis na operação brasileira, ampliando a abordagem para todas as suas interações com os clientes e também em áreas internas da companhia como Recursos Humanos.
Da porta para fora, cada cliente será atendido por um time dedicado (os chamados squads no jargão ágil), com responsabilidade sobre prospecção, venda, delivery, evolução da relação até o resultado final financeiro de cada cliente.
Cada cliente será gerenciado por um profissional, responsável tanto pela venda dos projetos como pela entrega deles, eliminando a tradicional divisão entre vendas e desenvolvimento.
“Viemos trabalhando nos últimos anos em ter na equipe pessoas com um perfil end-to-end capazes de fazer a convergência no atendimento do cliente”, explica Marco Santos, managing director da GFT para a América Latina.
Do ponto de vista de desenvolvimento, a empresa adotará em todos os times a abordagem do centro de engenharia ágil aberto no começo do ano passado em Curitiba.
Hoje, o centro é responsável por 16 clientes, incluindo “o primeiro banco com abertura de conta 100% digital do Brasil”, instituições como Sefaz-PR e Copel e projetos offshore para fora do país.
A GFT pretende ainda introduzir práticas ágeis em áreas não relacionadas a TI, o que tem se tornado uma tendência inclusive fora da área de tecnologia (a Gerdau fez um seminário sobre o tema para toda a empresa, incluindo a alta gestão).
“O fluxo de entrega de valor para os clientes deve ocorrer sem percalços dentro da companhia”, explica Santos.