Rodrigo Aquino, head de lean transformation, da Lean IT. Foto: divulgação.
Não há dúvidas de que a gestão ocupa papel central para o sucesso de qualquer empresa. Somente aquelas que administram corretamente seus processos conseguem se destacar no mercado em que atuam. Sem gestão, uma organização pode até crescer rapidamente, mas dificilmente sobreviverá à primeira crise.
A questão é que essa tarefa também exige atualização e preparação dos empreendedores. Há novos conceitos e metodologias que surgem pelo mundo, acompanhando a evolução tecnológica e oferecendo novas ideias. Uma delas é a técnica OKR, cada vez mais popular em diferentes segmentos.
A sigla é proveniente de objectives and key results (objetivos e resultados-chave, em tradução livre) e é uma metodologia de gestão muito utilizada no Vale do Silício.
Em linhas gerais, pode-se dizer que se trata de uma fórmula que define aonde a empresa quer chegar (os objetivos) e como vai mensurar o desempenho até chegar ao destino (com o conjunto de resultados-chave).
O conceito ficou famoso em todo o mundo por ajudar no crescimento do Google na virada do século, ter simplicidade de implantação e poder ser utilizado tanto por pequenas empresas quanto por gigantes de qualquer segmento.
Como era de se esperar, a gestão OKR já está consolidada em diversos países, principalmente nos Estados Unidos com as empresas de tecnologia. No Brasil, já é realidade no mercado nacional, mas ainda não é utilizada em sua plenitude. Isso porque muitas organizações do país ainda pecam em questões essenciais.
O grande erro é imaginar que OKR seja simplesmente uma técnica de administração de processos. Na verdade, ela é passo para transformação cultural nas corporações. Sem uma preparação prévia, ela não vai funcionar tão bem como deveria. Ou seja, a alta liderança se esquece de alinhar o propósito da companhia com os objetivos a serem traçados e as expectativas de seus colaboradores.