Laércio Cosentino. Foto: Divulgação.
Tem sido dias atípicos para o presidente do conselho de administração da Totvs, Laércio Cosentino.
Na semana passada, Cosentino esteve entre os primeiros signatários de um manifesto em favor da candidatura à presidência da senadora Simone Tebet (MDB).
Foi uma decisão atípica para um empresário do setor de TI brasileiro, que normalmente se esquiva de pronunciamentos políticos mais abertos, focando apenas na sua agenda setorial, se muito.
Cosentino e o CEO da CI&T, Cesar Gon, foram os únicos nomes de TI que a reportagem do Baguete achou na lista inicial de 280 signatários. Também é verdade que ambos estavam acompanhados de uma lista de pesos pesados da economia brasileira como Walter Schalka (Suzano); Anton Passos (Natura) e Horacio Lafer Piva (Klabin).
Agora, a decisão atípica de assinar o documento foi somada à de falar extensamente sobre as motivações por trás do ato para o Neofeed, um dos sites de economia mais lidos no país.
“Acredito que, com as eleições, está na hora de pensar não em um nome, mas sim em uma plataforma de crescimento, em um projeto de país, em um plano de governo. E não em um plano de poder”, disse Cosentino ao Neofeed.
O empresário acredita que o país deveria “parar para pensar”.
“Se nem começamos a jogar o jogo, como é que você diz quais são os dois times que já estão na final? Temos que abrir a cabeça e o manifesto vai mais nesse sentido: de discutir antes de se posicionar”, fala Cosentino. “Para poder ter uma escolha, é preciso ter opções. Quando você não enxerga as opções, você não vai ter a melhor escolha”, agrega.