Ações da Linx estão bombando pela expectativa do Linx Pay. Foto: Pixabay.
Algum dos sócios da Linx (ou mais de um) aproveitou o boom das ações da empresa de software para varejo na Bolsa de Valores para vender uma parte dos seus papéis e embolsar a simpática soma de R$ 21,5 milhões no mês passado.
Quem fez a revelação é o Brasil Journal, que conferiu os papéis enviados pela Linx para a CVM. Pela lei, companhias abertas são obrigadas a divulgar negociações envolvendo controladores, executivos ou conselheiros.
O comunicado fala apenas em “membros do bloco de controle”, sem citar o nome do vendedor, ou vendedores.
Foram vendidas 705 mi ações entre os dias 3 e 27 de dezembro a preços entre R$ 28,53 e R$ 32,60. A máxima histórica da ação foi R$ 35, também em dezembro, com a euforia em torno das possibilidades do Linx Pay, o novo negócio de meios de pagamentos da Linx.
A Linx tem capital disperso na Bolsa; mais de 80% do capital está em circulação no mercado.
Os membros do 'bloco controlador' são todos executivos ou conselheiros da companhia. Nércio Fernandes, presidente do conselho de administração, é o maior acionista, com 7,16% do capital; o CEO Alberto Menache tem 5,16%; e o conselheiro Alon Dayan tem outros 4,17%, segundo as informações mais atualizadas disponíveis na CVM. Outros executivos tem participações abaixo de 1%.