Roberto Cohen, diretor do 4HD.
Por Roberto Cohen*
Uma polêmica das buenas… Esta discussão não surgiu da minha cabeça. Um grupo de amigos vêm trocando mensagens, clandestinamente, por e-mail, sobre uma manchete (ou chamada) do evento Gartner.
A chamada: Lá por 2018, as ferramentas de Gerenciamento de Serviços de TI eliminarão a necessidade do treinamento ITIL Foundations. Saiba mais em…
Eu fui até o site do evento e, caramba, não encontrei a diaba.
Ou seja: Ou está embutida dentro de um slide de palestra, ou, como disse um chapa,trata-se de uma chamada sensacionalista para criar impacto e interesse.
Das várias opiniões do grupo
Obviamente meus brothers são tão cascas-grossas feito eu. Cada um a seu jeito. Caso contrário seria complicado debater com eles, pois aguentar meus argumentos socráticos (e às vezes estapafúrdios) gera muita indignação e revolta.
O fato é que o novelo foi desenrolando e já debatíamos se aspectos do ITIL ainda são válidos. Não nos é permitido esquecer que estas melhores práticas tiveram seu core desenvolvido lá em 1980 e, apesar dos constantes (?) updates feitos com o passar do tempo, ela ainda mantém o mesmo tipo sanguíneo (planejamento, previsibilidade, etc.).
Por que escrevo isso?
Por que por mais que um engenheiro faça cursos em psicologia, ciências humanas e tudo o mais, sempre terá dentro de si aquela sanha de tudo arrumadinho, no esquadro, etc.
Aprende-se a ser metódico nas Ciências Exatas. E o seu DNA permanece.
OK, OK, podem existir exceções, mas o papo é que pessoas vindas dessa área quase sempre tentam ser racionais, menos emotivas, focar nos fatos, desprezar a empatia…
Go ahead, Cohen, and skip this filosofia matinal de chimarrão debalde (não é com balde, mas sim em vão, inutilmente, embalde).
Da minha opinião
Nunca fui adepto do ITIL. Nem do COBIT. Nem da moda atual.
No passado, li na antiga Gazeta Mercantil uma reportagem que me decepcionou.
Registrava como as grandes consultorias pagavam seus funcionários para reescreverem antigas ideias sob títulos “inovadores” e, veja você que truque (!?), elas mesmas compravam milhares de livros para que fossem ao topo da lista dos mais vendidos.
Não é preciso dizer que, com isso, a maioria dos gerentes se interessava pelo tema e, voilà, quem estava lá para ajudá-los a aprender e implementar?
As consultorias…
Trama? Desonestidade?
No meu ponto de vista, apenas uma tática para alcançar sua estratégia…
Mas não foi por causa desse ecossistema econômico criado em torno do ITIL que não me tornei um adepto.
É que não precisava.
Eu apreendia o conteúdo importante (eu nunca disse que ele não valia nada, pelo contrário!) e usava.
Não o transformei numa religião para mim. Nunca joguei âncora nesse porto (o lado chato da coisa é que perdia oportunidades excepcionais de grana, pois empresas queriam treinar seus colaboradores em ITIL e eu dizia que essa não era minha praia).
Mas pensando bem…
Talvez eu tenha sido sim um dos melhores adeptos do ITIL, pois focava no seu “coração” (adapte e adote). Mas isso é assunto de interpretações e por aí se vai…
Dos fundamentos para dispensar o CURSO Foundations