O ITS Group, um dos maiores canais SAP da região Sul do Brasil, vai passar por uma “reinvenção” em 2014, ano no qual pretende expandir negócios em novos setores da economia e tecnologias da multinacional alemã.

Em termos de segmentos de mercado, o plano é usar a expertise acumulada em projetos nos últimos anos para fazer uma investida sobre as áreas de varejo e agronegócio.

Quando o assunto é o mundo agrícola, o ITS tem em andamento projetos em empresas de grande porte do setor como a Agrogen, uma das empresas referência na criação de frangos no Brasil e a Cooperativa Agrária de Entre Rios, no Paraná.

No varejo, a empresa está participando, juntamente com Grupo Meta e Formers, de um consórcio responsável pela implementação do SAP no Grupo Herval, além de projetos em “carreira solo” na Damyller Jeans e em um grande supermercadista que a companhia não pode revelar.

“Nós temos condições de atender esses segmentos com tanto conhecimento como fazemos na nossa base tradicional de empresas de manufatura”, explica Paulo Ronchetti, sócio-diretor do ITS Group.

Em termos de novas tecnologias, a ITS está de olho em projetos com SucessFactors, solução de gestão de RH cuja base tem crescido no Brasil desde a aquisição pela SAP, em março de 2012. 

Um projeto já foi iniciado na metalúgica gaúcha Fallgater e Ronchetti vê um grande potencial de crescimento em 2014. A empresa está negociando com IBM e Portugal Telecom para hostear a solução, além de outras ofertas cloud da SAP.

“O SucessFactors está pronto para estourar no mercado brasileiro e nos abre uma porta inclusive fora do mercado SAP, que nós pretendemos aproveitar”, assegura o empresário gaúcho, destacando a possibilidade de integrar o SucessFactors com outros ERPs, além do SAP.

O ITS está implentando o Sucess Factors para gerir o seu próprio RH – hoje a empresa tem 250 consultores no time – e formou a sua própria gerente de recursos humanos, Gisele Garcia, como consultora da ferramenta.

Ronchetti destaca a preocupação do ITS em manter na equipe consultores experientes, em um mercado aquecido na qual a rotatividade de profissionais certificados SAP é alta. 

“Em média, temos consultores com cinco ou seis anos de casa e alguns casos até mais de dez. Se em algum momento temos que manter eles fora de projetos, é parte do nosso orçamento”, garante  Ronchetti.

* Maurício Renner cobriu o SAP Fórum em São Paulo a convite da SAP.