Reunião em Canoas.
O Parque Canoas de Inovação (PCI) começou a tomar uma forma mais definida, com a vinda a público das primeiras 21 empresas interessadas em se transferir para o local nesta quarta-feira, 13.
A lista não é um retrato definitivo do futuro parque, apenas uma lista de companhias que protocolaram seu interesse em receber áreas dentro do chamado cluster tecnológico do parque, na qual ficarão empresas dos segmento eletroeletrônico, automação e controle.
O grupo de interessados inclui players tradicionais do setor eletroeletrônico como a Novus, especializada em instrumentos eletrônicos de medição e controle; a Globus, fabricante de controladores de temperatura e a Digistar, de equipamentos de comunicação convergentes (a lista completa está abaixo).
A lista, no entanto, não tem nenhum nome multinacional de alto impacto. Em agosto do ano passado, a Yangtze Optical Fibre and Cable (YOFC), uma das maiores produtoras de cabos ópticos da China, com faturamento de US$ 1,6 bilhão, chegou a assinar um protocolo de intenções para vir ao Rio Grande do Sul, possivelmente para Canoas, o que aparentemente não avançou.
A manifestação de interesse não significa necessariamente que as empresas vão se transferir para o parque, mas Canoas oferece um negócio atrativo: 61.758 mil metros quadrados, no bairro Fazenda Guajuviras, de graça (quase 3 mil para cada interessada até agora).
Os próximos passos incluem a apresentação oficial dos projetos em 30 dias. A expectativa é fazer as homologações das doações de terreno até o final de julho.
O cluster tecnológico é a primeira fase do PCI, que será composto também pelos parques, Social e Comunitário, do Conhecimento, Científico, Público, de Serviços e Natural.
O PCI está alto atrasado. Anunciado no início de 2011, o parque formalizou somente em 2012 o seu plano de gestão, com a criação do Instituto Canoas Inovação, braço da Canoas S.A., sociedade de propósito específico (SPE) criada pela prefeitura.
Metas divulgadas em 2013 falavam de ter as primeiras empresas instaladas ainda em 2015, o que parece agora um prazo apertado.
O projeto engloba um total de cinco fases, em um investimento total de aproximadamente R$ 100 milhões, com capacidade de gerar mais de 30 mil empregos.
Veja quem se interessou até agora:
PD3 Tecnologia e Sistemas Digitais
A PD3 Tecnologia foi fundada em 2002 em Porto Alegre e atua como prestadora de serviços de Pesquisa e Desenvolvimento de equipamentos eletrônicos para empresas e mercados de Comunicação de Dados, Telecomunicações, TI, Networking, Telemetria, Smart Grid e afins.
A Aligera desenvolve, industrializa e comercializa soluções de conectividade e acesso para os mercados de comunicação de dados e automação comercial. Fundada em 2003, a Aligera é de Porto Alegre.
Sediada em Porto Alegre, a Logmaster é especializada no desenvolvimento e fabricação de sistemas de energia (nobreaks e estabilizadores).
De Porto Alegre, a Cabex foi fundada em 1988 e comercializa componentes eletro-eletrônicos de fabricantes como Foutth Technology, Alfatronic, Kayer Industrial, Weco do Brasil, Patola Eletroplasticos, Optech Tecnologia, entre outras.
A Omnitec é uma empresa com atuação nos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços que foi fundada 1988 em Canoas.
A TCS Sistemas desenvolve um sistema de gestão voltado para o segmento de entidades de classe. A empresa tem sede em Caxias do Sul e foi fundada em 1995. Hoje a empresa atende a cerca de 400 clientes.
A Novus, de Porto Alegre, ingressou no mercado em 1982. A empresa atua no desenvolvimento, fabricação e comercialização de instrumentos eletrônicos de medição e controle. A companhia tem unidades em São Paulo, Campinas, Curitiba, Flórida, Buenos Aires e Bogotá.
A Globus é uma empresa de desenvolvimento, fabricação e comercialização de equipamentos de controle eletrônico para conforto térmico e refrigeração. A empresa de Porto Alegre tem entre seus clientes nomes como Bourbon, Carrefour, Gerdau e Perdigão.