O 10° Fórum Internacional de TI Banrisul teve painel sobre fintechs. Foto: Divulgação.
O investimento feito por bancos e startups do setor financeiro, as chamadas fintechs, em iniciativas consideradas disruptivas chegou a R$ 1 bilhão no Brasil.
É o que aponta um levantamento do FintechLab, hub de conexão, pesquisa e integração do ecossistema de fintechs nacional, e da Clay Innovation, apresentado durante o 10° Fórum Internacional de TI Banrisul.
O volume é pequeno frente à febre mundial de investimentos em fintechs, que totalizaram US$ 19 bilhões em 2015 de acordo com um levantamento da KPMG, mas, para a realidade brasileira, mostra um mercado em ebulição.
"Nenhum banco está parado, todos têm alguma iniciativa de reação às fintechs, como Cubo (espaço de coworking e startups do Itaú), Inovabra (programa de inovação aberta do Bradesco), Radar Santander (programa de aceleração em parceria com a Endeavor), entre outros", afirma Marcelo Bradaschia, sócio fundador da FintechLab, um centro de pesquisa sobre o mercado fintech nacional.
O interesse dos bancos é despertado por uma onda crescente de novas empresas focadas no segmento.
O primeiro radar da FintechLab, que mapeia iniciativas do segmento, identificou 170 ações em agosto de 2015. Hoje, a organização contabiliza 260 iniciativas.
Longe de reproduzir o cenário de disrupção clássico visto em outras indústrias, na qual os novos players definem novas regras para o mercado e aniquilam os players tradicionais, bancos e fintechs estão desenvolvendo uma espécie de simbiose.
"Fintechs enfrentam grandes desafios, especialmente para ampliar a escala dos negócios. Enquanto isso, o maior obstáculo para os bancos é acelerar a inovação e ter flexibilidade, que é a força trazida pelas startups", afirma Roberto Marchi, sócio na Mckinsey & Company.