Paulo Zirnberger. Foto: divulgação.
Em sua estratégia de impulsionar soluções e produtos baseados no Hana, sua plataforma de banco de dados em memória, a SAP Brasil está de olho em bancos de menor porte e outras instituições financeiras.
Este foi um posicionamento demonstrado pela multinacional alemã durante o Ciab Febraban, realizado durante esta semana em São Paulo. De acordo com a companhia, muitos bancos e entidades do setor, como cooperativas e seguradoras estão profissionalizando suas gestões.
"Percebemos um grande investimento vindo destas empresas, que até então não possuiam grandes soluções de TI para gerir seus negócios", afirmou Paulo Zirnberger, executivo de vendas responsável pela vertical de Serviços Financeiros.
Embora não existam dados específicos sobre os investimento do setor financeiro em TI por tamanho de empresa, o ritmo do mercado ainda é forte. O segmento representa 18% dos gastos em TIC por ano, em um total de R$ 21,5 bilhões.
No cenário global da SAP, o segmento financeiro puxa os rendimentos, com um crescimento na casa dos 150%, à frente de outros setores também visados, como varejo e saúde.
Para o executivo, um exemplo recente da entrada em instituições finaceiras nacionais, além dos grandes bancos, vem do Sul. A Unicred - Unidade Porto Alegre, anunciou no início do ano a implementação de um ERP SAP para a atender suas necessidades nas áreas contábil e gestão de ativos, em um projeto realizado pela Convista.
Embora a implementação ainda envolva o sistema anterior da empresa (SAP R3), em vez do recente S/4 Hana, o caso é um exemplo de como novas instituições podem impulsionar os negócios da SAP em relação a operações de core banking.
No caso do S/4 Hana, a adoção do ERP também envolve uma modificação de infraestrutura para empresas, seja para sistemas convergentes que rodam a tecnologia em memória da SAP ou a adoção de nuvem, o que ainda é uma dúvida para muitos bancos maiores.