Renato Barbieri.
A HP Inc e Hewlett Packard Enterprises, companhias formadas com a recente separação da HP, lançaram também programas de canais separados, com mudanças significativas para a área de PCs, impressoras e suprimentos de impressão.
Os novos programas de canal batizados respectivamente de Partner First e Partner Ready substituem o antigo Partner One e são um desdobramento natural da decisão de criar duas companhias separadas, mais focadas em suas linhas de negócio (mas ainda assim gigantes: cada uma fatura cerca de US$ 50 bilhões por ano).
A multinacional aproveitou para fazer o anúncio durante o Canalys Channel Forum, um evento para canais organizado pela consultoria inglesa Canalys em Cartagena, na Colômbia, e encerrado nesta quinta-feira, 18.
Os novos programas são em parte uma continuidade da maneira como a HP já dividia seu go to market em diferentes unidades de negócio.
No caso do novo Partner First, no entanto foi introduzida uma mudança mais impactante. A partir de agora, os canais da HP Inc poderão chegar aos maiores níveis de parceria (e aos consequentes benefícios associados) com abordagens mais especializadas.
Antes, um parceiro da HP Printing and Personal Systems Group necessitava cumprir objetivos separados de vendas de PCs e impressoras para evoluir entre os níveis business associate, silver, gold ou platinum.
No novo programa, os parceiros poderão obter upgrades vendendo um só produto ou adotando focos especializados como serviços de impressão e de computação, nos quais os clientes compram PCs e impressoras como serviços pagos mensalmente.
“Acredito que essa nova maneira de trabalhar vai servir como um estímulo extra para os canais venderem mais e subirem de status”, aponta Renato Barbieri, diretor de vendas comerciais da HP Inc no Brasil.
O ecossistema de parceiros da HP Inc no país conta com 20 distribuidores no chamado Tier 1 e mais 900 parceiros no Tier 2 distribuídos pelos diferentes níveis.
As vendas indiretas chegam a 86% do total, acima da média da HP Inc como um todo, que fica na casa dos 80%. O mercado corporativo é o forte da multinacional no país, totalizando dois terços das vendas.