Marcelo Lombardo.
A Omie, companhia de software de gestão na nuvem, não vai cobrar mensalidades de novos clientes até dezembro, em um movimento no qual está preparada para deixar de arrecadar até R$ 12 milhões.
A oferta vale para empresas que faturem até R$ 1 milhão por ano e que já utilizem outro ERP.
A Omie não chega a revelar qual é a mensalidade, ou quantas clientes ela pretende migrar da concorrência com a estratégia, que a companhia está anunciando como a “primeira Portabilidade de ERP do Brasil".
Em abril, a Omie anunciou uma mudança de curso, deixando de lado o foco em pequenas empresas e colocando no foco clientes com faturamento entre R$ 10 milhões e R$ 200 milhões ao ano.
O resultado veio rápido. Em fevereiro de 2020, empresas de menor porte compunham 97% dos novos clientes, contra 3% de médias e grandes, mas em junho a proporção já tomou outro aspecto: as novas vendas já são 72% versus 28%, respectivamente.
Em nota divulgada para imprensa, a Omie compara o tempo de implantação do seu ERP, ao redor de duas semanas, com o de empresas como Totvs, Linx e SAP, que podem levar de seis meses a um ano.
A comparação é um pouco forçada pela parte da Omie, uma vez que ela está comparando seu produto só com uma parte da oferta dos concorrentes.
Certamente Totvs, Linx e SAP fazem projetos de um ano de duração, mas eles acontecem em clientes que estão entre os maiores que a Omie pretende atender ou até muito maiores do que isso.