A Copel trabalha em um marketplace para comercialização direta de energia elétrica entre consumidores e prosumidores. Foto: Pexels.
A Copel Distribuição, concessionária de energia que atua principalmente no estado do Paraná, tem um acordo com o CPQD para o desenvolvimento de uma solução baseada em blockchain destinada a viabilizar a implantação de um marketplace descentralizado para comercialização direta de energia elétrica entre consumidores e prosumidores (que produzem sua própria energia), no ambiente de geração distribuída (GD).
Iniciado em agosto deste ano, o projeto conta com recursos do programa de pesquisa e desenvolvimento regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e tem duração prevista de 21 meses.
“A ideia é preparar as empresas de energia para as mudanças estruturais motivadas pelas transformações no setor elétrico, em particular pelos movimentos de descentralização, que incluem a geração distribuída, de digitalização e de mobilidade elétrica, bem como pelo crescente protagonismo do consumidor de energia”, afirma Gustavo Klinguelfus, gerente do programa de P&D da Copel Distribuição.
O uso da tecnologia blockchain permitirá a comercialização de energia elétrica no marketplace sem intermediários, entre consumidores e prosumidores (residenciais, comerciais, industriais, etc.) que não se conhecem.
“Trata-se de uma nova relação comercial que tecnologias disruptivas como o blockchain tornam possível. Nesse caso, os prosumidores passam a dispor de opções economicamente mais atrativas para remunerar o excedente de energia injetada no sistema de distribuição, o que tende a impulsionar a expansão da GD”, explica Frank Toshioka, gerente do projeto por parte da Copel Distribuição.