Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, disse que a rede social está “abrindo agressivamente contratações remotas”, em um movimento que deve resultar em metade da força de trabalho da empresa trabalhando de casa em 10 anos.
A declaração foi dada durante uma live nesta quinta-feira, 21, e ainda que Zuckerberg tenha frisado que se tratava de um “palpite” e não de uma “meta ou objetivo”, é um anúncio de algum impacto, uma vez que pode afetar milhares de funcionários e até a ideia do Vale do Silício como um todo.
“Vamos ser a empresa mais ousada nesse sentido na nossa escala, mas de uma maneira que é medida, refletida e responsável”, disse Zuckerberg.
O Facebook tem hoje 48 mil funcionários em nível mundial, a maioria deles trabalhando em um gigantesco campus inaugurado em 2015 em Menlo Park, no coração do Vale do Silício.
A fala de Zuckerberg é uma das mais ousadas em relação ao tema home office, um assunto em alta desde que a pandemia do coronavírus obrigou milhares de empresas a mandarem seus funcionários para casa.
Empresas como Google, Salesforce e o próprio Facebook já haviam dito que o home office seguiria valendo até o final de 2020, independente das medidas de quarentena adotadas pelo governo (Nubank e XP Investimentos fizeram anuncios no mesmo sentido). O Twitter foi um pouco mais longe e disse que trabalhar em casa seria permitido “para sempre”.
Mas o Facebook é a primeira empresa a falar numa mudança profunda e a longo prazo em torno do assunto home office.