O que dizer?
A Tesla acaba de lançar o Cybertruck, uma picape com design futurista que causou espanto e dividiu a internet. Os fãs da marca acharam o design lindo. Já os haters o compararam ao Gurgel ou coisa pior.
Até aí, nenhuma novidade. Um elogio de destaque, porém, veio do diretor de arte do filme Blade Runner Syd Mead. Quem gosta da estética do filme, como é o meu caso, tem mais probabilidade de curtir a novidade.
O destaque da apresentação, no fim, acabou sendo dois vidros estilhaçados. Quando Franz von Holzhausen, projetista do veículo, arremessou uma bola de metal contra a janela do lado do motorista, o vidro supostamente inquebrável se estilhaçou.
Essa falha na apresentação que roubou a cena e comprometeu a credibilidade da marca – além de ter gerado muitos memes.
Mais tarde, no Twitter, Musk disse postou um vídeo mostrando que a mesma bola fora arremessada no mesmo vidro diversas vezes antes da apresentação. Ainda não se sabe o que aconteceu, mas bugs desse tipo já são um clássico no mundo das empresas de tecnologia.
Quem não se lembra das travadas do Windows 98 durante o lançamento? Nem mesmo o Steve Jobs escapou da maldição do crash durante a apresentação de uma nova versão do Iphone, em 2010.
Depois de dar marretadas na lataria do Cybertruck, que resultaram em mínimos arranhões, e demonstrar força de várias maneiras, a imagem que ficou foi de um carro com vidro quebrado.
O carro inquebrável quebrou, tal como o Titanic inafundável, afundou. Obviamente, essa foi a manchete de vários jornais no dia seguinte.
Mas não deixe se enganar pela falha catastrófica da apresentação oficial do veículo.
Na prática, e assumindo que, com exceção do vidro, todo o resto é verdadeiro, a pick-up da Tesla é um baita de um carrão. Acomoda seis passageiros e, obviamente, tem uma caçamba na traseira (senão não seria uma pick-up). A autonomia é de 800 km com uma carga de bateria completa.
A arquitetura do veículo é completamente diferente dos atuais pick-up trucks. A Tesla optou por utilizar o que eles chamam de exoesqueleto. Ou seja, os pontos críticos estruturais foram empurrados para as extremidades do carro, liberando espaço interno para carga e passageiros. O Cybertruck tem o mesmo tamanho dos concorrentes, mas promete uma performance muito superior em relação à capacidade de força e resistência.