Ciência de dados é o novo foco da Serasa. Foto: Pixabay.
A Serasa Experian, gigante de análise de crédito, acaba de abrir um laboratório em São Paulo focada em inovação e desenvolvimento conjunto de projetos com clientes.
O espaço de 700 metros quadrados na Vila Olímpia tem capacidade para abrigar cerca de 50 cientistas de dados e engenheiros de software da empresa, além de receber cinco projetos paralelos de clientes dentro de um “coworking de inovação” por períodos de até três meses.
O foco é no desenvolvimento de soluções que aproveitem das tecnologias de big data e da inteligência artificial.
É a terceira estrutura desse tipo aberta pela Experian no mundo. Até agora, só existiam operações similares em Londres e San Diego.
A empresa não abriu o investimento no novo local, mas uma matéria na IstoÉ dinheiro fala em R$ 25 milhões.
A Serasa Experian certamente não economizou: com pé direito duplo, o laboratório tem uma rede de 80 metros quadrados localizada sob o teto de vidro das salas de reunião na qual os colaboradores poderão relaxar ou fazer reuniões com clientes mais ousados.
Também está incluída a famosa “área de descompressão” com games e fliperamas.
“Inovar é difícil, pois nem sempre os resultados são garantidos. Por isso, poucas empresas investem em fazer novas descobertas com o uso de dados. Mas isso é exatamente o que faremos em nossa nova instalação de ponta”, afirma Eric Haller, vice-presidente executivo dos DataLabs da Experian.
Em 2016, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Caixa criaram a Gestora de Inteligência de Crédito, visando consolidar as informações do seus clientes e economizar parte dos R$ 2 bilhões que gastam anualmente com os serviços do Serasa e da rival Boavista Serviços.
Pode vir daí o interesse da Serasa Experian em diversificar seus serviços para além das tradicionais análises de perfil de crédito tem seus motivos.