Celso Sato.
A Accesstage, especialista em soluções para intercâmbio de dados financeiros, pagou R$ 5 milhões por uma participação não revelada na Negocie Online, uma fintech fundada em 2015 e dona de uma plataforma de cobrança automatizada de dívidas.
Em nota, a Acesstage explica que a Negocie Online faz “todas as etapas da cobrança” de forma digital, usando chatbots para negociar com devedores por um portal, WhatsApp, SMS, push notifications ou e-mail, com a “mínima interferência humana possível”.
A Negocie Online afirma conseguir uma redução de até 40% nas interações humanas durante o processo de cobrança, um indicativo importante numa indústria que tem no salário dos operadores um dos seus principais custos.
O presidente da empresa é Luis Ferras, um executivo experiente que foi diretor de vendas regional da Avaya e pela área de telecomunicações da então CPM Braxis, hoje Capgemini.
Ambas posições tem bastante entrada no mundo de call center, e, por tabela, de empresas de cobrança.
A plataforma possui uma base com mais de 5 milhões de inadimplentes trabalhados mensalmente.
Desse total, mais de 1,5 milhão responde aos contatos, gerando volume superior a 300 mil transações via chat, mais de 350 mil promessas de pagamentos e mais 200 mil transações.
Segundo Ferras, o processo gera uma migração de 100 mil clientes por mês para o autosserviço digital que iriam para o atendimento humano e mais de R$ 12 milhões de ganho anual com a migração do atendimento de voz para os chatbots.
“A plataforma aprende com o usuário. Se ele responde mais por WhatsApp, é por lá que será feito o contato, se é por SMS, então será por esse recurso que negociaremos. E isso fica armazenado no banco de dados caso ele venha a se tornar inadimplente para a empresa”, explica o presidente da Accesstage, Celso Sato.