A OAS também informou que vai colocar à venda suas participações na Fonte Nova. Foto: Divulgação.
O Grupo OAS, investigado por suspeita de corrupção na Operação Lava-Jato, entrou com um pedido de recuperação judicial de nove de suas empresas na Justiça do Estado de São Paulo nesta terça-feira.
"A iniciativa foi o melhor caminho encontrado pelo Grupo para renegociar suas dívidas com credores e fornecedores diante da intensa restrição de crédito verificada desde o final do ano passado. A OAS decidiu também que concentrará esforços naquilo que é sua principal vocação, a construção pesada", diz o grupo em nota.
Diego Barreto, diretor de Desenvolvimento Corporativo da Construtora OAS, afirma no comunicado que a construtora entrou com pedido de recuperação não por falta de liquidez, mas por questões técnicas, uma vez que é garantidora dos financiamentos do grupo.
Segundo a empresa, suas dificuldades começaram em novembro, a partir das investigações sobre corrupção na Petrobras, "que resultou na interrupção das linhas de crédito".
"Ao mesmo tempo, clientes suspenderam momentaneamente seus pagamentos e novas contratações. Como consequência, as agências de rating rebaixaram a nota da OAS, o que levou ao vencimento antecipado de suas dívidas", completa o documento.
Em janeiro, as agências de avaliação de risco Fitch, Standard & Poor's e Moody's reduziram a nota de crédito da empresa após o não-pagamento de juros de dívidas.