TIM e Vivo esvaziaram seus call centers por causa do coronavírus. Foto: Pexels.
Vivo e TIM mandaram todos os atendentes que atuam nos seus call centers próprios para trabalhar em casa, numa medida de prevenção contra o coronavírus que atinge milhares de funcionários e não tem precedentes no país.
Das duas, o maior projeto é o da Vivo, que envolve também funcionários de call centers que prestam serviços para a operadora, totalizando 10 mil pessoas.
A Vivo não disse quantos desses pertencem a cada grupo. Os funcionários diretos da empresa atuavam em Curitiba, Fortaleza, Maringá e São Paulo.
Já na TIM, a iniciativa atingiu 1,4 mil atendentes dos seus call centers próprios, situados no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, e em Santo André, na região do ABC paulista.
Ambas operadoras não deram muitos detalhes do tipo de soluções que estão sendo usadas para viabilizar os projetos. Ambas deram equipamentos e conexão para os funcionários que não dispunham de computador em casa.
Segundo a TIM, a equipe de TI da companhia adaptou os sistemas do call center para uso remoto, permitindo acesso a todas as ferramentas necessárias, além de reforçar aspectos de segurança. A conexão está sendo feita usando a rede 4G da operadora.
A Vivo falou em supervisão do atendimento dos funcionários via “via chats, sistemas e aplicativos”, em um projeto com envolvimento das áreas de RH, Redes, TI e Infraestrutura.
“Trabalho há 12 anos em call center e nunca tinha visto uma movimentação tão inovadora acontecer. Adaptamos a rotina familiar e, em casa, estou conseguindo tratar a mesma quantidade de demandas e com a mesma qualidade”, conta Nilsa de Andrade, consultora do call center do Rio de Janeiro da TIM.
A Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), que representa as maiores empresas de contact center do país, anunciou no começo da crise do coronavírus que seus integrantes procurariam adotar home office quando fosse possível.