A desoneração da folha de pagamentos de TI entrou no Plano Brasil Maior, lançado pela presidente Dilma Rousseff, nesta terça-feira, 02.
Com a novidade, a indústria de software que passa a ter a substituição de 20% da tributação do INSS na folha de pagamento por uma contribuição de 2,5% sobre o faturamento.
A cifra é uma vitória para o setor, já que o governo chegou a falar em 3%. Não foi esclarecido ainda se a alíquota incide sobre o valor bruto ou líquido. Outros setores beneficiados pela desoneração como calçadista, têxtil e moveleiro pagarão 1,5%.
As desonerações serão feitas por meio de um projeto piloto até 2012, quando as medidas serão avaliadas por um comitê formado pelo governo, por sindicatos e pelo setor privado.
A proposta aprovada era defendida pela Frente Nacional das Entidades de Tecnologia da Informação (FNTI), composta pela Assespro Nacional, ABES, Brasscom, Fenainfo, Softex e Sucesu e entrou de última hora no texto final.
A desoneração da folha tradicionalmente enfrenta oposição do Ministério da Fazenda e da Previdência Social e chegou a ser dada como descartada pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, em declarações dadas no final de julho.
Representantes das entidades patronais da TI gaúcha comemoraram a decisão tomada pelo governo.
“É um grande vitória para a área de Tecnologia da Informação. É o reconhecimento de que somos estratégicos para o país, como afirmamos há muitos anos”, avalia o presidente da Assespro-RS, Reges Antonio Bronzatti. "Essa mudança nos tributos previdenciários resultará numa redução de 67% da carga tributária dos encargos patronais para as empresas de TI", completa Edgar Serrano, presidente do Seprorgs.
Representantes da Assespro Nacional afirmam que a nova política ajudará o setor a chegar a R$ 20 bilhões em exportações e gerar 750 mil empregos até 2020
Segundo um levantamento feito pela IDC, apresentado em junho deste ano, as exportações de software e serviços relacionados somaram, em 2010, somente US$ 1,74 bilhão – cerca de R$ 2,6 bilhões no câmbio atual.
Críticos da proposta aprovada apontam que ela pode desequilibrar a balança em favor de grandes multinacionais com centros de desenvolvimento no país, além de prejudicar empresas que comercializam licenças, serviços de data-center ou que utilizam pouca mão de obra.
Em maio, Assespro-RS e Seprorgs estiveram em Brasília defendendo outra proposta, que previa uma redução de 70% da contribuição social das empresas do ramo, além de criar a possibilidade de abatimento de 100% dos investimentos em P&D e reduzir a zero as alíquotas de importação de bens usados nas atividades das empresas.
O projeto também visava a regularizar a subcontratação de empresas na área de TI e criar incentivos para a formação de mão de obra especializada no setor, estimada em 92 mil vagas no país em 2011.
“Lutamos, lutamos e acabamos conseguindo um dos dos três itens que pleiteávamos junto ao governo federal", avalia Serrano.
Saiu a desoneração para TI
A desoneração da folha de pagamentos de TI entrou no Plano Brasil Maior, lançado pela presidente Dilma Rousseff, nesta terça-feira, 02.
Com a novidade, a indústria de software que passa a ter a substituição de 20% da tributação do INSS na folha de pagamento por uma contribuição de 2,5% sobre o faturamento.
Veja também
Governo pode reduzir INSS em 14%
O governo apresentou nessa quinta-feira, 12, uma proposta de redução do INSS de 20% para 14%, para os próximos três anos, o que representa uma diminuição gradativa de 2% ao ano.
Com a iniciativa, ao fim do período, o governo terá chegado a 6% de desoneração. A proposta é um dos primeiros pontos de reforma tributária que o governo Dilma enviará ao Congresso.
MP pode baratear tablets em 30% no BR
Cansado de esperar pela Receita Federal, o governo vai publicar nessa semana uma Medida Provisória (MP) regulamentando a produção de tablets no país.
A promessa é dos ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e das comunicações, Paulo Bernardo.
Brasil é o 6º maior mercado de TI, diz IDC
Com um mercado interno que movimentou US$ 81 bilhões no ano passado, a TI brasileira é a sexta maior do mundo, segundo dados da consultoria IDC.
O resultado equivale a cerca de 4% do PIB, soma de tudo o que é produzido no país.
As exportações do setor somaram no mesmo período US$ 2,5 bilhões.
Sepin pede proposta única para setor de TI
O secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Virgilio Almeida, espera que as entidades de TI apresentem uma proposta única para a nova Lei da Informática em até três meses.
A informação foi repassada pelo próprio Almeida aos presidentes do Seprorgs, Edgar Serrano e Assespro-RS, Reges Bronzatti, que estiveram em Brasília nesta terça-feira, 25, apresentando as propostas das entidades para a nova lei.
Bernardo quer incentivo para games
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu nessa quinta-feira, 09, uma política de incentivo para desenvolvimento e montagem de games no país.
“Nós precisamos ter uma política para games. Estabelecer uma política para desenvolvimento e montagem, e de softwares para games”, disse Bernardo, segundo o site G1.
Governo quer desonerar redes de fibra ótica
Equipamentos para redes de fibra ótica devem receber, em breve, incentivos do governo.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nessa sexta-feira, 17, que a União concederá desoneração de impostos para a produção de hardware voltados à infraestrutura de telecomunicações.
Desoneração da folha já era
A desoneração da folha de pagamentos das empresas de TI não deve entrar no texto da Política de Desenvolvimento da Competitividade (PDC) que já está pronto para a revisão da presidente Dilma Rousseff.
“Eu não esperaria ter desoneração da folha nesse primeiro momento”, afirmou à Agência Brasil o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira.
Assespro Nacional busca enquadrar regionais
A Assespro Nacional divulgou uma nota defendendo a proposta de desoneração da folha de pagamento do setor de TI defendida pela Frente Nacional das Entidades de Tecnologia da Informação (FNTI).