A crise da Europa e o rebaixamento do rating dos EUA afetou fusões e aquisições em várias áreas, mas não na TI: no setor, estas operações cresceram 8%, sequencialmente, no terceiro trimestre de 2011, movimentando US$ 56,4 bilhões.
A avaliação é da Ernst & Young, no relatório trimestral “Global Technology M&A Update”.
Segundo o estudo, o crescimento das fusões e aquisições em TI é ainda maior, se comparado ao terceiro trimestre de 2010: neste caso, o aumento fica em 22%.
Assim como aconteceu no segundo trimestre de 2011, acordos de peso dominaram o 3T11, com os 11 maiores totalizando US$ 40,1 bilhões em valor, ou 71% do total do trimestre.
A média em valor por acordo também subiu: 14% em relação ao trimestre anterior e 26% na comparação com o ano passado, alcançando US$ 221 milhões, o maior nível em 11 anos.
Nuvem, BI/BA e redes puxam crescimento
Além disso, no 3T11, o valor agregado dos negócios foi o maior valor trimestral desde 2007, anterior à crise financeira global.
“O aumento nos valores ocorre devido ao período de hiperinovações pelo qual passam as grandes companhias em relação à mobilidade, computação na nuvem, BI/BA, redes sociais, segurança e outras tecnologias”, afirma Ricardo Reis, líder de F&A da E&Y Terco. “Fusões e aquisições são fundamentais para empresas serem competitivas e transformarem inovação em produtos economicamente viáveis”, completa.
Segundo o analista, só os acordos envolvendo mobilidade e business analytics alavancaram negócios acima de US$ 10 bilhões no terceiro trimestre.
“Dois acordos desse porte não ocorriam em um mesmo trimestre desde 2000”, comenta Reis.
Outras transações foram impulsionadas por computação em nuvem, segurança da informação, redes sociais, jogos online e para dispositivos móveis, TI para a área de saúde e vídeos para dispositivos móveis e para internet.
Outros acordos combinaram duas ou mais dessas tendências.