Laércio Cosentino.Foto: Gláucia Civa
Uma estratégia que o presidente da companhia, Laércio Cosentino, chama de “um caminho sem volta”, que já envolveu 45 operações de M&A ao longo da história da empresa.
Pelo caminho, destacam-se compras “maxi” da Totvs, como as da Microsiga, Logocenter e RM, em 2005 e 2006; Datasul, em 2008; TotalBanco, que começou em 2009 e foi concluída em 2011, e Gens, franquia Datasul arrematada também no ano passado.
Em novembro passado, a companhia unificou em uma operação no Tecnopuc todas as operações de saúde e financials – TotalBanco e Gens -, de onde desenvolve software para todos os 23 mercados internacionais onde atua.
“Crescemos a taxas entre 15% e 20% há 20 anos, e projetamos manter a expansão orgânica e inorgânica. Neste ponto, não há no Brasil empresa de ERP básico cuja aquisição vá nos fazer diferença, no momento”, afirma Cosentino. “Mas temos caixa para compras, e nos interessa fazê-las, em nichos específicos”, completa.
O presidente falou ao Baguete nesta terça-feira, 03, durante a inauguração do novo espaço do Núcleo Empreendedor da PUC-RS, do qual a companhia é parceira para formação de talentos.
Olho nos talentos
Uma aliança que também reforça os objetivos da Totvs de investir em pesquisa, desenvolvimento e formação de profissionais para amplificar o Brasil nas ondas mundiais.
“Queremos ser um referencial global, coisa que hoje o Brasil pouco tem, em marcas em geral”, afirma Cosentino.
“Somos a única empresa brasileira a desenvolver não só software, mas também tecnologia, e investiremos cada vez mais para oferecer uma plataforma completa”, destaca.
Hoje, a Totvs é líder em softwares aplicativos na América Latina e no país, além da 7ª maior do mundo, segundo o Gartner.
Fases
Com mais de 24,2 mil clientes ativos em 23 países, a companhia faturou R$ 1,27 bilhão em 2011, alta de 13,3% sobre 2010 e um marco do que Cosentino define como a “quarta fase” da empresa.
“Nossa primeira fase foi a fundação, a segunda, o posicionamento; a terceira, a definição de nosso DNA e missão, e a quarta, a consolidação de mercado, com ações como IPO, chegada à casa do bilhão”, ressalta o executivo. “Agora, entramos na quinta fase, que é transformar a marca Totvs em uma referência global”, afirma.
Daqui pra lá, de lá pra cá
Um referencial que, segundo Cosentino, será construído em duas vias: a partir das companhias brasileiras atendidas, em suas operações exteriores, e nas empresas chegadas ao país.
“Vamos receber as empresas quando puserem o pé no país, nos tornarmos um parceiro global de TI de todas”, comenta o presidente.
No páreo
O patamar global, entretanto, entra em conflito com gigantes como SAP e Oracle.