A Stihl planeja investir cerca de R$ 150 milhões para se expandir, em 2011, ainda mais do que os 21% que cresceu em 2010.
Desse montante, a TI deverá levar aproximadamente 2%, percentual costumeiramente investido pela companhia por ano no setor.
Investimento que já começou: a Stihl ampliou, em um projeto que iniciou no ano passado e se estendeu para os primeiros meses deste, seu número de licenças do software CAD Pro-Engineer, o que contabilizou em torno de R$ 200 mil.
Além disso, o projeto incluiu mais cerca de R$ 100 mil em hardware, com novas estações Dell para rodar o software.
Também recentemente, a companhia investiu na ampliação da rede, com aportes em aumento da estrutura de fibra ótica e roteadores , licenças SAP, segurança de dados e ampliação do parque de PCs através de contrato com a IBM.
SAP controlando a incerteza
Outro projeto foi a evolução do SAP, que a indústria líder mundial em motosserras, segundo dados próprios, utiliza desde 1997: com consultoria da porto-alegrense DBC Company, a Stihl ativou o cálculo de incerteza usando os módulos Plant Management, Quality Management e Solution Manager do ERP alemão.
“Precisávamos trazer os cálculos de incerteza do Excel para o SAP, com a premissa de utilizar o standard”, explica Marcelo Miltzman, gerente de TI da Stihl. “Com o QM, temos medição, controle de qualidade, no processo produtivo. Isso passa, por exemplo, por processos vitais como a calibração de equipamentos”, complementa.
Para dar uma ideia do ganho trazido pela solução, Miltzman conta que, antes de adaptar o novo processo ao SAP, funcionários da companhia tinham de calcular erros, desvio padrão, entre outras variáveis, para gerar características que definissem o grau de incerteza e valor correto de calibração das peças de cada equipamento fabricado, através de planilhas e agora tudo fica controlado pelo banco de dados.
Hoje, tudo isso é automático.
E o melhor: a inovação não exigiu qualquer investimento em software.
“Pagamos apenas pela consultoria”, explica Miltzman, informando que, ao todo, foram 248 horas entre o início e a conclusão do projeto, cujo go live ocorreu no começo deste mês.
Um projeto que dá bem a ideia do quanto a fabricante de ferramentas motorizadas portáteis, que tem matriz na Alemanha, presença em 160 países e cerca de 1,6 mil pontos de venda no Brasil, dá atenção à TI.