O modelo MVNO de prestação de serviços de telecomunicações - as chamadas operadoras virtuais - deverá estrear no Brasil dentro de, no máximo, seis meses.
A previsão é da conselheira da Anatel, Emília Ribeiro. Segundo ela, ao contrário do que opinam alguns analistas de mercado, conforme os quais este modelo ainda demoraria a ser adotado por aqui, já há pedido encaminhado à agência em relação à outorga para funcionamento de uma MVNO na modalidade autorizada.
A conselheira não deu nomes, mas é sabido que a GVT já iniciou o movimento para atuar como MVNO autorizada no segundo semestre de 2011, além do que a Telefónica também anunciou este ano a meta de atuar no Brasil como operadora virtual, usando a controlada Vivo para fornecer os serviços de rede.
Conforme o presidente da Telefónica no Brasil, Antônio Carlos Valente, a companhia chegou a participar de consulta pública da Anatel sobre a regulação de MVNO
Emília também declara saber de pelo menos três empresas estrangeiras interessadas em iniciar, no país, sua operação como MVNEs (Mobile Virtual Networks Enabler, que fazem o intermédio e proveem infraestrutura entre as MVNOs e as operadoras de origem).
O Brasil já possui um regulamento para o segmento de operadoras virtuais. Recém-aprovado pela Anatel, o normativo é baseado nas regras do mercado de telecom indiano.
Com o leilão da banda H e das sobras de frequências 3G, o que amplia a cobertura das operadoras em todo o país, a meta das teles, agora, é firmar parcerias com MVNOs autorizadas pela Anatel, segundo Emília.
O objetivo é que as novas aliadas arquem com parte dos investimentos necessários para levar o serviço a todo o país.
Para ser uma MVNO autorizada, a empresa interessada precisa solicitar credenciamento na Anatel e, quando aprovada, procurar as prestadoras de origem para aluguel das frequências.
A operadora de origem tem 60 dias úteis para avaliar o pedido e, se recusar, precisa revelar o motivo à agência reguladora.
Além das operadoras, os bancos também têm interesse no uso do modelo MVNO.
Um dos mais interessados é o Bradesco, que hoje tem parceria com Vivo e Claro para oferta de serviços aos correntistas, e já prepara um estudo para ser apresentado à sua diretoria, abordando as oportunidades a serem geradas em caso de aprovação de uma operação do banco como MVNO autorizada.
Outras empresas, como Itaú, Porto Seguro, Ipiranga e Cemig também mostram interesse nesta área, embora ainda sem maiores detalhes sobre o foco.
As projeções de Emília Ribeiro foram anunciadas durante o II MVNO Meeting, que ocorreu na sexta-feira, 17, em São Paulo.
Anatel: operadoras virtuais em seis meses
20/12/2010 09:51
O modelo MVNO de prestação de serviços de telecomunicações - as chamadas operadoras virtuais - deverá estrear no Brasil dentro de, no máximo, seis meses.
Veja também
Telefônica quer ser operadora virtual
A Telefônica quer ter o direito de atuar no Brasil como operadora móvel virtual, com a sua marca, dentro do modelo MVNO - Mobile Virtual Network Operator.Além disso, quer que a Vivo, operadora móvel controlada por Telefonica e Portugal Telecom, possa lhe fornecer os serviços de uso de sua rede.
F&S: as estrelas da Telecom na AL em 2010
A Frost & Sullivan prevê um 2010 aquecido para o mercado de telecomunicações brasileiro. A consultoria acredita no crescimento de setores como WiMax, banda ultra-larga e dispositivos como o i-Phone.Em WiMax, a empresa prevê que a tecnologia será complementar ao ADSL, cabo e 3G na América Latina. A aposta maior está em áreas ainda carentes de cobertura de banda larga.
Gartner prevê 8 principais tecnologias móveis
O vice presidente de Pesquisas e Analista Emérito do Gartner, Nick Jones, divulga nesta terça-feira, 26, uma avaliação sobre as próximas “vedetes” da tecnologia móvel.Para 2009 e 2010, ele destaca oito principais soluções: Bluetooth 3.0, interfaces de usuário, tecnologias de localização, padrão 802.11n, telas, web mobile e widgets, banda larga no celular e Near Field Communication (comunicação em área próxima).
Bluetooth 3.0
Serviços virtuais: é hora de personalizar?
A personalização dos serviços virtuais e gerenciados é o tema do artigo que Paulo Henrique Pichini, presidente da Getronics América Latina & Brasil, publica no Baguete nesta quinta-feira, 25.O executivo fala sobre o modelo de venda de serviços de ICT baseado em Serviços Gerenciados (Managed Services), enquanto resposta à demanda dos usuários, além de analisar a aderência ao sistema.